sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Quando a Vida vir'um Bordel.




Dos líderes que estupram a fé, das téologias que abortam a paz, das orações que dilatam o ego, das caridades que escomungam o amor;


- Nasceu, nasceu o filho da Puta. - Gritavam os frequentadores de bordel.
Alguns, afim de saber se eram o pai, perguntavam, afoitos, de que Puta se tratava, para já agilizarem o esquema de não assumir a criança. Outros nem perguntavam nada.
A Puta que pariu, era jovem e deu à luz um menino, que logo foi amamentado.
As outras mulheres do bordel iam visita-la na maternidade e levavam flores, pequenos presentes-lembranças pelo nascimento do menino. Paparicada criança. É que entre elas, o menino não era o filho da Puta, era apenas o filho, e ela, não era a Puta, era apenas a mãe, como qualquer outra mulher que dá à luz uma criança.
Ora, a grande desgraça em suas vidas fora ter como próle da existência uma vida desgraçada, que, quase sempre, transforma-se num estupro à dignidade de todo viver.
Assim, prenhas do desprazer em dar seus corpos, gozam de beijos do inferno, de toques do diabo, de machos no cio da idioticidade na conciência.
Ora, quando a vida é assim, a auto-estima transa com o sentimento de objeticidade encrustrado no âmago do ser, engravida a alma de desgosto e pári a dor profunda como filha do viver, num sofrer sem fim.
Assim, nascem os herdeiros da rejeição, as crianças filhas da amargura, bastardos de machos excitados com masturbação de meninices, que embuxam de crias as filhas do desgosto, e as chamam de Putas.


Diante de todas essas coisas, somente o amor livra os ventres das sémen-tes surubadas da podridão, e ejacula vida na mente e no coração de todo ser que tem, no útero de suas entranhas, os olhos que vêem a Puta apenas como mãe, e o filho, apenas como filho mesmo.

Repare. Esse texto trata de muitas outras coisas que estão pr'além do contexto cabarégizado acima. Mas, também trata da realidade das putas, que são sempre apenas mulheres.


Isa.