quinta-feira, 5 de maio de 2011

O Grande e o Amigo



Certa vez, os discípulos perguntaram pra Jesus sobre qual deles seria o maioral.
Jesus respondeu, dizendo: Maior é aquele que Serve.
Aquilo deu um nó na cabeça deles todos. Talvez isso lhes tivesse causado desânimo, ou frustração, ou desapontamento. Talvez não fosse isso o que queriam ouvir.
Quem sabe, a resposta esperada era: Será você, Fulano.
Afinal, aquela era uma resposta um tanto esquisita de se receber. Como poderia ser grande aquele que se fazia o menor ?

A resposta de Jesus ficou martelando em suas mentes e corações, intrigando-os.
Mas, a declaração do Cristo havia sido firme e convicta: Maior é aquele que Serve.
Depois, no decorrer da conversa, Jesus ainda disse: Eu mesmo, já não chamo vocês de servos, porque servos não sabem o que faz o seu senhor. Vocês eu chamo de amigos.

E eu fiquei pensando: então, amigos não disputam para serem maiores. Eles servem uns aos outros.
E ser amigo é que te faz grande, servindo.

Foi aí que os discípulos começaram a entender o que Jesus dizia. Porque eles O chamavam de mestre, e Ele, não os chamava de servos, mas de amigos.
As coisas começaram, então, a dar liga, à fazer sentido. Até o mandamento - talvez por ter esse nome, passava a impressão de ser algo penoso e impossível - sobre amar o próximo como a ti mesmo, começou a ser compreendido de um jeito diferente do que parecia.
Era como se Jesus dissesse: Gente, sejam amigos uns dos outros, como eu sou de vocês.

Ora, amigos só são amigos por causa do amor.
 Por isso, amigos servem uns aos outros, e isso os faz grandes. Não para os homens, mas pra Deus, que é amigo da gente.
Quando Jesus disse 'amem à Deus e ao próximo', Ele estava dizendo: Sejam meus amigos. E sejam amigos uns dos outros.
É assim que o mundo fica melhor, que as pessoas são bem cuidadas, que as injustiças são diminuídas, e que a  paz habita os corações, na certeza da amizade, de Deus e dos homens.

Amem com o amor de amigo, que não se ensoberbece, mas, ao contrário; serve ao outro como também serviu aquele que era Mestre, mas, ao invés de servos, preferiu nos chamar de amigos.

Nele, que nos curou pela sua amizade,

Isa.




Pensamentos iniciais: Floripa, janeiro de 2011
Escrito e publicado em 6 de fevereiro de 2011