sexta-feira, 22 de agosto de 2008

ViaGenS, CaSaRãO, Eu, EleS, Ele!


Sexta-feira (04/07/08), eu fui viajar! É, foi uma dessas viagens pras cidades vizinhas, sabe?!rs Na sexta, passei a tarde vendo horários de ônibus pra ir e pra voltar.Eu ia pra Mogi-Guaçu, uma cidade da boa, muito mais pelos que lá moram do que por qualquer outra coisa.Pra ir, existem 3 jeitos: Por Campinas, por Limeira e por Eng. Coelho...depois, dessas cidades, é que se pega o ônibus pra Mogi-Guaçu.Ha, eu sabia todos os horários de ônibus pra ir e voltar por limeira e campinas, menos por Eng. Coelho...e foi por lá que eu fui.Eu e mais uma viajante que topou ir comigo.Chegamos na rodoviaria e o ônibus pra Eng. já tinha saido.Era o último.Fomos pra Arthur Nogueira correndo(de carro, claro) pra pegar ele(o ônibus) na rodoviária de lá, já que ele fazia paradas em várias cidades, inclusive lá.Milagre!Pegamos ele!O bom foi que pagamos mais barato, e nem pagamos a gasolina do carro.
Agora, metade do caminho já estava garantido.Faltava a outra metade e talvez, a mais importante.Chegamos na rodoviaria de Eng. as 19h45min. e o ônibus pra Mogi-Guaçu saia as 19h40min. de lá. Milagre outra vez!O ônibus atrasou e chegou 1 minuto depois de nós.Pegamos ele!Agora, com muito mais traquilidade, fomos conversando durante a viagem certas de que chegaríamos lá.Ah, eu junto com a Mah, viajamos a viagem mais imprevisível do fim de semana e ela, por confiar em mim, quase durmiu na rodoviaria.rs...De todo jeito, Deus é quem cuidou da gente o tempo todo, desde o começo.
Ainda lá em Mogi Guaçu, no sábado, a gente foi numa festa junina dos mundrungos, lá no Casarão.Já faz quase 1 ano que uma galera da Presbiteriana de lá, trabalha com eles fazendo reuniões as segundas-feiras a noite e, no enteanto, foi só no dia da festa que eles finalmente tiveram luz elétrica.Até então, era tudo no escuro.
Pra isso, eles trabalharam e compraram o post de luz.Foi com o suor deles, os mundrungos, e com a graça de Deus que deu pra comprar o poste.Lá, eles recebem ajuda da galera da igreja.Mas não a ajuda que só os mantém na "mendiguera", mas, além de muita oração, eles são incentivados a trabalhar pra conseguir as coisas que precisam, porque é isso que trás de volta a dignidade e a reintegração na sociedade.Se a gente só der comida na boca, aí não vira nada.Inclusão social é a idéia.
Ah, quando cheguei naquele lugar, eu, junto com a minha timidez, fui andando como que de encontro com umas mulheres que eram as moradoras do casarão.Se não me engano, uma delas se chamava D. Cida, mas não tenho certeza se esse é o nome dela.Tenho dificuldades pra gravar nomes.Mas eu sei bem o abraço que recebi dela, e esse eu não esqueci, não.Ela era menor que eu e nunca tinha me visto.Mas me abraçou como se eu fosse uma filha que acabará de chegar de viagem depois de passar um longo tempo fora de casa.Foi como um abraço de quem sente saudade.Foi um abraço longo e apertado, daqueles que a gente não quer mais soltar.Depois disso, ela me deu boas vindas de um jeito que a minha presença parecia tão importante ali.A timidez passou, me senti em casa, como se eu pertencesse a aquele lugar de algum jeito.
Sentamos numas cadeiras, quase embaixo do telhado da pequena area que fica em frente a cozinha, e comemos arroz caramelizado e batemos um papo.Levamos um susto quando soltaram os rojões e, as galinhas que estavam no telhado da área, por causa do barulho, se assustaram e voaram por cima de nossas cabeças soltando pena pra todo que é lado.Ah, aquelas galinhas cagavam de medo dos rojões e por isso, a gente ficava na espreita a cada estrondo por medo da cagada ser no literal.Foi engraçado!A festa foi da boa, e eu ainda consigo sentir o abraço da D. Cida.E eu sei que, antes, ela sentiu o abraço de Deus apertar a alma e aquecer o espírito dela.E agora, a luz que mais ilumina o casarão, não é a elétrica, mas aquela que vem de Deus pra nós.
Ah, foi um bom fim de semana.Daqueles que a gente não quer que termine nunca mais.Junto daqueles que fazem diferença na minha vida.As piadas mais idiotas, as risadas mais gostosas, os abraços mais pertados, as histórias mais engraçadas, a gente compartilha, rí e cresce junto.Até o beijo na mão, o grito no capacete, o amor a primeira vista, os papos constrangedores do coração, mas que rendem risadas e uma vontade imensa de ter um saco de pão pra botar na cabeça...haha...as afinidades e as "des-afinidades", mas que nos deixam sempre muito parecidos e diferentes, que nos faz querer estar juntos pra sempre.
E nessa hora que eu penso que o céu vai ser legal pra caramba.Que vai ser muito melhor encontrar com Jesus tendo eles perto de mim.Com eles, o céu se torna mais interessante e dá vontade de junta um tanto mais de gente pra ir pra lá também.Ah, eles, e mais os daqui da cidade universo, me fazer crer que nem tudo está perdido, que ainda existe gente séria que sabe bem o que é o cristianismo genuíno e que tudo tem haver com Cristo.A gente falha juntos e cresce juntos, assim, a gente caminha com mais força sabendo que tem gente que tá junto da gente pra nos carregar toda vez que acontece um tropeço ou uma queda, onde a gente esfola os joelhos e rala as palmas das mãos.E ainda que eu desfigure o meu rosto, eles me olharão do mesmo jeito porque sabem bem quem eu sou.
Aí eu lembro que Deus, mais que eles, não me despreza, e me ama com o amor de um Pai que abraça o filho depois da maior cagada que ele fez.As vezes, me sinto como o flho pródigo: Pego o que Ele me dá, o que é Dele pra mim, e corro, achando que jamais se acabará.E é quando eu caio junto aos porcos que eu me lembro que, o que Ele me dá só permanece quando eu estou nos aconchegos da casa do meu Pai.E nesse abrigo, nesse refugio, é que eu sinto o limpar da alma, a aceitação daquEle que é pra mim o sentido de todas as coisas.E assim, eu sei que, ainda peregrina, não faltará, junto dEle.E a gente caminha juntos, Ele e Eu, Eu e Ele...O Meu Pai, que afirma quem eu sou e por isso, não estou mais enganada.
Desse jeito, o pouco amor que sei amar, na imperfeição e miséria que sou, eu sei que em muito se transformará por causa do amor dEle por mim.E por isso, ainda que pouca seja a minha força, é com toda ela, que eu O amo!